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RELÍQUIAS: Conheça um pouco mais sobre as relíquias depositadas em nosso altar.

Entenda...

                       A palavra relíquia tem origem no latim reliquiae, resto. É uma memória física, o testemunho vivo de um Santo ou de um Beato. Na Igreja sempre teve um valor muito grande, porque nos transporta a um momento histórico concreto como um resto, uma presença, uma passagem histórica… Um outro valor que tem a relíquia é a relação física que o Santo teve com a Eucaristia, com o Senhor Deus, uma relação também sagrada. O valor do corpo de um baptizado, pela união da graça, é um corpo-templo do Espírito Santo. Mas o corpo de um Santo é ainda mais comunhão de graça com Deus, porque viveu na sua carne esta santidade, e o seu corpo foi habitado pela mesma Graça em maneira solene. A relíquia permite manter-nos quase em contacto com este corpo. Na história, as relíquias tiveram também um papel importante no combate contra o espírito do mal, porque a relíquia não é amada pelo diabo, pois é a realidade física que teve uma relação especial com a graça.

 

                       Existem duas classe de relíquias, a primeira classe (1º grau) é constituída pelo corpo; a segunda (2º grau) pelas roupas e objetos que estiveram em contato com o corpo do Santo, vivo ou morto. É importante lembrar que sempre devemos manter a Hierarquia. O primeiro lugar ocupa a Eucaristia; depois temos a Palavra de Deus e finalmente as relíquias, incluindo as imagens sagradas, recordando que, as imagens são finalizadas para a oração.

 

                      É importantíssimo reconduzir à justa devoção pela relíquia, porém é fácil cair na superstição. A relíquia não é um amuleto. Então: vou à Igreja, primeiro ajoelho-me diante da Eucaristia, depois vou venerar o Santo, porque sinto a sua proteção. O Santo intercede por nós e nós podemos pedir ao Santo, por sua vez, que interceda junto do Senhor, fim último da nossa oração. Quando beijo a relíquia de um Santo é como se beijasse a misericórdia de Deus que se realizou naquele Santo. Quando oro diante do corpo de um Santo, agradeço a Deus que conduziu esta pessoa no caminho rumo à Santidade.

 

Fonte: http://www.paraclitus.com.br/2011/apologetica/imagens-santos/reliquias-dos-santos/ 

(acesso em 28/07/2014)

 

Créditos das imagens: Renata Gabriele

 

 

Nossas relíquias

                        Mesmo após certo tempo decorrido desde a colocação das relíquias, muitos paroquianos nossos ainda não tem o conhecimento de que no altar da nossa igreja matriz, encontram-se depositadas relíquias de dois santos e duas beatas, todos brasileiros. São eles: Beata Irmã Dulce e Beata Lindalva (depositados pelo nosso Arcebispo, Dom Fernando Saburido por ocasião da criação da paróquia, dia 31 de maio de 2013), Santa Paulina e São Frei Galvão (depositados posteriormente pelo nosso pároco, Pe Anistaine na solenidade de São Pedro e São Paulo, dia 29 de junho de 2013). 

 

Conheça um pouco mais sobre o testemunho de vida destes santos e beatos a diante. 

Santa Paulina (Relíquia de 1º grau)

Nascida no dia 16 de dezembro de 1865, em Vígolo Vattaro, Trentino Alto Ádige, norte da Itália recebeu o nome de Amábile Lúcia Visintainer. Imigrou para o Brasil, juntamente com seus pais, seus irmãos e outras famílias da região Trentina, no ano de 1875, estabelecendo-se na localidade de Vígolo - Nova Trento - Santa Catarina - Brasil. Desde pequena ajudava na Paróquia de Nova Trento, especificamente na Capela de Vígolo, como paroquiana engajada na vida pastoral e social.

Aos 12 de julho de 1890 com sua amiga, Virginia Rosa Nicolodi, deu início à Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, cuidando de Angela Viviani, em fase terminal de câncer, num casebre doado por Beniamino Gallotti. Após a morte da enferma, em 1891, juntou-se a ela mais uma entusiasta de ideal: Teresa Anna Maule.Em 1894 o trio fundacional da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição transferiu-se para a cidade de Nova Trento. Receberam em doação o terreno e a casa de madeira dos generosos benfeitores: João Valle e Francisco Sgrott, hoje um centro de encontros.

Dia 7 de dezembro de 1895,  Amábile fez seus votos religiosos e passou a ser conhecida como Ir. Paulina do Coração Agonizante de Jesus, a Madre Paulina. 

Em fevereiro de 1903 – Madre Paulina transfere-se para São Paulo, onde inicia a obra da “Sagrada Família”, ajudando filhos de ex-escravos e idosos no bairro Ipiranga.

No mês de agosto de 1909, Madre Paulina acaba deposta de seu cargo de superiora geral e é transferida para Bragança Paulista. Em setembro do mesmo ano, começou a trabalhar como lavadeira, faxineira e enfermeira, cuidando de doentes e inválidos.

Em 1918, a Madre Paulina retorna para São Paulo e muitos anos depois, dia 19 de maio de 1933 , recebeu um Decreto de louvor de sua obra, concedido pelo Papa Pio XI.

Em virtude da diabetes, teve o braço direito amputado em março de 1938 e faleceu dia 9 de julho de 1942 aos 77 anos.

Madre Paulina foi beatificada dia 18 de outubro de 1991 em Florianópolis, por João Paulo II e canonizada dia 19 de maio de 2002.

 

Fonte: http://www.santuariosantapaulina.org.br

São Frei Galvão (Relíquia de 1º grau)

Santo Antônio de Sant'Ana Galvão, mais conhecido como Frei Galvão (Guaratinguetá, 1739 — São Paulo, 23 de dezembro de 1822) foi um frade católico e primeiro santo nascido no Brasil. Sereno e dadivoso, sempre voltado para o bem dos outros, é posto por Bento XVI como modelo para os cristãos brasileiros. 

Aos 13 anos iniciou os estudos no Colégio de Belém, dos padres jesuítas, na Bahia, onde já se encontrava seu irmão José. Lá fez grandes progressos nos estudos e na prática cristã, de 1752 a 1756. Queria tornar-se jesuíta, mas por causa da perseguição movida contra a Ordem pelo Marquês de Pombal, seu pai o aconselhou a entrar para os franciscanos, que tinham um convento em Taubaté. Aos 16 anos, entrou para o noviciado na Vila de Macacu, no Rio de Janeiro e fez seus votos solenes em Guaratinguetá em 16 de abril de 1761. Um ano após, foi admitido à ordenação sacerdotal, pois julgaram seus estudos suficientes. 

Foi então mandado para o Convento de São Francisco (SP),  a fim de aperfeiçoar os seus estudos e exercitar-se no apostolado. Data dessa época a sua "entrega a Maria", como seu "filho e escravo perpétuo", consagração mariana assinada com seu próprio sangue dia 9 de março de 1766. 

Terminados os estudos, foi nomeado pregador, confessor dos leigos e porteiro do convento, cargo este considerado de muita importância. Em 1769-70 foi designado confessor de um Recolhimento de piedosas mulheres, as "Recolhidas de Santa Teresa", em São Paulo.

Por causa do imenso amor e caridade de seu Servo, Deus o agraciou com diversos dons, dos quais jamais serviu-se em interesse próprio, ao contrário, sempre os colocou a serviço da misericórdia divina. Todos os casos narrados foram devidamente comprovados por documentos: Bilocação (estar em mais de um lugar ao mesmo tempo), telepatia (transmissão ou comunicação de pensamento e sensações, a distância entre duas ou mais pessoas), premonição (sensação ou advertência antecipada do que vai acontecer), clarividência (vê o que está para acontecer), levitação (erguer-se acima do solo) e telepercepção (adquirir conhecimento de fatos ocorridos a grandes distâncias).

Foi beatificado em 1998 por João Paulo II e canonizado por Bento XVI em 11 de maio de 2007.

 

Fonte: http://www.saofreigalvao.org.br/

Beata Ir. Dulce (Relíquia de 1º grau)

Segunda filha do dentista Augusto Lopes Pontes e de Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes, ao nascer em 26 de maio de 1914 em Salvador, a criança recebeu o nome de Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes. Aos 13 anos, ela já havia transformado a casa da família, na Rua da Independência, nº 61, num centro de atendimento à pessoas carentes. 

Em 8 de fevereiro de 1933, logo após a sua formatura como professora, Maria Rita entrava para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade de São Cristóvão, em Sergipe. Pouco mais de um ano depois, em 15 de agosto de 1934, era ordenada freira, aos 20 anos de idade, recebendo o nome de Irmã Dulce, em homenagem à sua mãe.

Irmã Dulce morreu em 13 de março de 1992, pouco tempo antes de completar 78 anos. 

A fragilidade com que viveu os últimos 30 anos da sua vida, com a saúde abalada seriamente - tinha 70% da capacidade respiratória comprometida - não impediu que ela construísse e mantivesse uma das maiores e mais respeitadas instituições filantrópicas do país, batendo de porta em porta pelas ruas de Salvador, nos mercados, feiras livres ou nos gabinetes de governadores, prefeitos, secretários, presidentes da República, sempre com a determinação de quem fez da própria vida um instrumento vivo da fé.

 

Fonte:http://www.irmadulce.org.br

Beata Ir. Lindalva (Relíquia de 2º grau)

Nascida em 20 de outubro de 1953, no seio de uma família camponesa no município de Açu, no Rio Grande do Norte, desde criança, Lindalva demonstrava propensão para ajudar os outros e se sensibilizava com o sofrimento alheio. 

Começou a estudar enfermagem para doar-se mais e em setembro de 1987, escreveu à Provincial das Filhas da Caridade, pedindo admissão como postulante. Foi admitida  enviada para fazer o postulantado na comunidade do Educandário Santa Teresa, em Olinda, Pernambuco. 

Na festa da Virgem do Carmo, dia 16 de julho de 1989, vestiu o hábito de Filha da Caridade e passou a chamar-se Irmã Lindalva. Terminado o noviciado, em 26 de janeiro de 1991, Irmã Lindalva foi enviada para um abrigo de idosos em Salvador, BA. Onde havia necessidade, aí estava Irmã Lindalva com sua figura sempre animada e caridosa. 

Os problemas começaram em janeiro de 1993, com a admissão de Augusto da Silva Peixoto. Com apenas 46 anos, não tinha ele idade para estar num estabelecimento de caridade para anciãos, mas as freiras tiveram de aceitá-lo, por motivos políticos. Alojaram- no no pavilhão a cargo da Irmã Lindalva. Augusto interessou- se com más intenções pela freira e passou a assediá-la de modo insistente e inconveniente. Irmã Lindalva, que preferia morrer a romper seu voto de castidade, viu-se obrigada a tomar muito cuidado, evitando qualquer atitude que pudesse ser mal interpretada por aquele indivíduo.

Dia 9 de abril, Sexta-feira Santa enquanto servia o café da manhã dos idosos, Augusto lhe golpeou com 44 facadas. Lindalva balbuciou apenas «Deus me proteja»! enquanto sua alma alcançava o esposo celeste.

Depois das condolências e da grande participação ao sepultamento, a fama de santidade e do martíro da irmã aumentava.

Irmã Lindalva foi beatificada dia 2 de dezembro de 2007.

 

Fontes:«O sorriso de Lindalva» de Gaetano Passarelli e http://www.arautos.org/artigo/15130/Beata-Lindalva-Justo-de-Oliveira--FC.html

ARQUIDIOCESE DE OLINDA E RECIFE

Paróquia Nossa Senhora da Conceição

Rua Potiguar, Nº 200, Cidade Tabajara, Olinda -PE

Secretaria Paroquial: de segunda a sexta das 13h às 18h.

Fone: (81) 3438-8384

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